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4,2 mil milhões estão online. O que fazem?

Um utilizador de smartphone consome, em média, mais de 3,8 GB de dados móveis por mês. Redes sociais, aplicações móveis e comércio electrónico. O que andam os cibernautas a fazer online?

O Pokémon Go, o Candy Crush, o Netflix e o Tinder são algumas das Apps que fazem parte do Top 10 das aplicações que mais faturam, de acordo com o ranking global do mais recente relatório  Global Digital Statshot realizado pelas empresas de gestão de redes sociais Hootsuite e We Are Social. Estas e outras curiosidades interessantes dão-nos a conhecer as ferramentas e os serviços mais populares da Internet. 

Os dados revelam-nos que, em Outubro de 2018, existem já aproximadamente 4,2 mil milhões de utilizadores de Internet em todo o mundo. 68 milhões de pessoas entraram na rede, pela primeira vez, entre Julho e Setembro, o que significa um crescimento de mais de 1,5% em apenas três meses. A Internet está agora a penetrar os países em regiões menos desenvolvidas e os dados revelam-nos que, no penúltimo trimestre, milhões de pessoas na África e no sul da Ásia entraram online pela primeira vez.

A tendência é para que o número cresça sem sinais de abrandamento, sendo que, a maioria destes novos utilizadores estão a aceder à Internet apenas por meio de dispositivos móveis e estão a integrar redes sociais. Dos 5,11 mil milhões de utilizadores de Internet, em smartphones, mais de 3,17 mil milhões são utilizadores ativos nas redes sociais, o que representa um aumento de 10% em relação aos dados do mesmo período do ano passado. 

Em simultâneo, os dados da GSMA Intelligence mostram que o número total de assinaturas móveis é, actualmente, de 8,9 mil milhões, o que significa que o utilizador ainda mantém mais do que um número de telemóvel, embora o número médio de assinaturas por utilizador tenha vindo a diminuir à medida que as pessoas consolidam as actividades num único dispositivo. Destaca-se ainda o facto de os dispositivos móveis respondem já por mais da metade de todo o tráfego global na Internet (51,6%).

O relatório mostra ainda que um utilizador consome, em média 3,8 GB de dados móveis por mês. Um número que cresce progressivamente e cuja tendência é continuar a aumentar.

Redes sociais

Apesar de algumas mudanças significativas nas redes sociais, o Facebook continua na liderança das plataformas, apesar das inúmeras controvérsias e escândalos que enfrentou no último ano. Um dos dados mais curiosos deste relatório está relacionado com o decréscimo nas audiências entre utilizadores mais jovens do portal criado por Mark Zuckerberg. O YouTube e o WhatsApp ocupam as posições seguintes na lista das plataformas mais populares.

Mobile apps 

A indústria dos aplicativos móveis continua a crescer. Foram reportados mais de 29 mil milhões de downloads realizados entre Julho e Setembro deste ano. É importante destacar ainda a quantia total de dinheiro investido nestas apps, que atingiu os 20 mil milhões de dólares. Este valor representa um aumento de 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. 

E-Commerce 

De acordo com este o estudo, o grupo Alibaba já é mais popular do que a gigantesca Amazon de Jeff Bezos. Nos últimos meses o site de e-commerce Taobao.com, que pertente ao grupo Alibaba, foi o 10º mais visitado em todo o mundo. E o elemento mais curioso é que esses dados têm como fonte a Alexa – uma plataforma de estatísticas – que é propriedade da Amazon que, neste ranking, ocupa o 13º lugar na lista.

O relatório sublinha ainda que os comportamentos de compras variam ligeiramente entre homens e mulheres, com as mulheres (65%) um pouco mais receptivas à utilização de uma app para realizarem compras em dispositivos móveis, em comparação com o público masculino (62%).

Paralelamente, os números da Pesquisa Global de Consumidores da Statista mostram ainda que a indústria da moda continua a ser a categoria mais popular para compras online, com roupa e calçado a ocupar o topo da lista de categorias de e-commerce. Em terceiro lugar surgem os produtos electrónicos.

A popularidade do comércio online é evidente pela quantidade de pessoas com acesso à Internet que visitam lojas virtuais: 91%. No total 83% dos utilizadores, em todo o mundo, procuraram algum produto para comprar na Internet, enquanto 74% realizaram alguma compra e 54% usaram um comparador de preços.

Este artigo foi publicado na COMPUTER WORLD.

© Vânia Nascimento Guerreiro | 2017
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